Hoje decidi fazer um post mais pessoal, que se inclui, portanto, no LIFE da rubrica. 🙂 Andei em leituras de blogs de pessoas que, como eu, decidiram Mudar de Vida e fazer o que gostam como meio de ganhar a dita da vida. Fico sempre tão feliz quando tenho conhecimento de outros casos de pessoas que também arriscam e lutam pela sua felicidade, que me inspirou a contar em mais pormenor, a minha experiência. Espero que gostem. 😉
Eu Mudei de Vida porque sou uma insatisfeita crónica. Sim, eu assumo. Sou das que me queixava religiosamente todos os dias de tudo no meu trabalho. Levantava-me a custo da cama de manhã e a resmungar. Punha o pé no escritório a desejar que fossem horas de sair. À segunda-feira só queria que uma máquina do tempo me levasse num ápice para sexta-feira (ok, posso estar a exagerar ligeiramente mas romancear um pouco nunca fez mal a ninguém).
A verdade é que quando comecei a trabalhar “à séria” surgiram as minhas crises existenciais: “Ai trabalhar é isto?”, “Mas tenho que passar aqui o dia todo fechada?”, “E fazer coisas de que não gosto?”, que normalmente levavam ao “QUERO SAIR DAQUI!”, já a raiar um pouco o desespero. Comecei aí a perceber que 8h do dia (sempre mais, na generalidade dos casos) é muito tempo, especialmente quando multiplicado pelas semanas, meses e anos da nossa vida, para se desperdiçar a fazer coisas de que não gostamos, a estar em sítios em que não queremos estar e a trabalhar e conviver com pessoas de quem não gostamos.Chamem-me esquisita, mas eu acho que trabalhar deve ser um prazer e não um suplício.
Acho que a insatisfação começou logo nos tempos de faculdade. Ora bem, eu sou licenciada em Publicidade e Marketing, pela ESCS (ótima escola!) e segui para uma pós-graduação em Gestão Estratégica das Relações Públicas. No entanto, entrei no ensino superior para o curso de Jornalismo. Escolhi este curso com a ideia romântica dos jornalistas heróicos e aventureiros dos filmes. Quando ao fim de dois anos descobri que a realidade não é bem assim, e porque achei que não tinha a paixão suficiente para exercer esta profissão, decidi mudar de curso. Como sempre fui uma pessoa bastante eclética e gosto de imensa coisa, de áreas bastante diversas – o que dificulta imenso – então muitas hipóteses me surgiram nessa altura. Mas decidi mudar para Publicidade e Marketing na mesma faculdade.
Acabei o curso e comecei o meu percurso de Estagiária em Permanência (um cargo novo que agora criaram). Trabalhei como consultora de comunicação, em marketing online e a fazer tudo o que era necessário num departamento de marketing, uma vez que eu era a directora, assistente e estagiária desse departamento. Aprendi bastante, principalmente da área de marketing online, essencial para aplicar nos meus projetos (atualmente também acumulo essas funções aqui), conheci pessoas fantásticas, mas, no geral, não gostei. Não gostei dos horários fixos, das tarefas rotineiras, de ter chefes (nunca gostei muito de seguir ordens, não é defeito, é feitio), de fazer coisas com que não concordava, etc. Enfim, percebi que o trabalho assalariado não era para mim. O que me levou a uma outra questão: eu já sabia o que não queria, faltava perceber o que queria.
Cheguei à conclusão, depois de muita auto-análise, de que queria trabalhar por conta própria, de que, entre muitas coisas, gosto de conversar e gosto de pessoas, gosto de ajudar, gosto de aprender sempre mais, gosto de escrever, gosto de imagem e moda e de que quero um dia-a-dia dinâmico. Óptimo, já não é mau. Entretanto, para me ajudar e para seguir o caminho que pretendia pesquisei formações e fiz uma Certificação Internacional em Coaching. E como resultado de querer trabalhar por conta própria, formei-me também em Consultoria de Imagem, na Blossom, e iniciei este projecto – LOOK A DAY, agora stylecoaching, a juntar as minhas duas áreas de eleição. Considero ainda num futuro mais ou menos próximo estudar Psicologia ou Sociologia ou Literatura ou ainda acabar o curso de Jornalismo, ou até todos (eu disse que era eclética e basicamente estou sempre a inventar).
Ainda me descubro todos os dias, tenho dúvidas todos os dias, mas sei que estou a seguir o caminho certo, a experimentar fazer aquilo que acho que tem a haver comigo e que gosto. E, como está visto, eu gosto de muita coisa diferente. Não faz mal, também acredito que podemos fazer tudo. De momento, gosto imenso de dar formação, das consultas pessoais de Consultoria de Imagem e das sessões de Coaching e estou a adorar o blog. Escrever é mesmo uma coisa que me dá muito prazer e gostaria até de ser também blogger de profissão, seja isso o que for. Se chegar à conclusão de que afinal não gosto tanto de uma coisa como pensava, não há problema, pelo menos fiquei a saber.Conclusão:
É fácil e pacífico mudar de vida? Não, de todo. As ideias estão cá, a vontade também. Mas o rendimento não cai direitinho e compostinho na conta no final do mês. Não há garantias nenhumas de que as clientes aparecem e de que as ações que lanço irão funcionar. Muitas das vezes passo por mandriona porque prefiro trabalhar confortavelmente em casa e acordo tarde porque trabalho melhor à noite (mas é para o lado que durmo melhor, literalmente). E sinto muita incompreensão pelas pessoas que me são mais próximas, essencialmente – a minha mãe acha que eu devia ter um ‘emprego normal’ e que é certinho que vou acabar a viver debaixo da ponte e, noutros casos, sinto que a minha escolha põe em causa a ‘não escolha’ de outras pessoas que preferem continuar infelizes e a queixar-se mas não fazer nada. A hostilidade sente-se um bocadinho, mas também já aprendi a ignorar – porque se há coisa que é importante quando se toma a decisão de mudar de vida é nunca duvidarmos de nós. Acreditar sempre que tomámos a decisão correta e de que somos capazes de fazer aquilo a que nos propusemos.
Mas se estou mais feliz do que quando trabalhava ‘fora’? Muito mais, nem tem comparação. Trabalhar em casa para mim é ótimo, principalmente nesta altura de imenso frio. Computador em cima das pernas, mantinha, aquecedor, roupa confortável e com a companhia da televisão é o meu ideal de ambiente de escritório. Há quem ache muito solitário, mas eu gosto. Também porque não estou todos os dias em casa – ter as consultas com as clientes, os workshops e reuniões permite-me ter a diversidade e dinamismo no meu dia-a-dia de trabalho. Também é verdade que se acaba por trabalhar mais, porque seja à noite ou fim-de-semana, estou sempre a fazer alguma coisa relacionada com a LOOK A DAY, mas como é o meu ‘bebé’, o meu projeto com as minhas ideias, não parece trabalho e faço com todo o gosto. O objetivo era este: ‘Choose a job you love and you’ll never have to work a day in your life’ e posso dizer que está mais do que cumprido.
Nesta altura de grande instabilidade e de muito desemprego, só queria passar a mensagem de que não devem baixar os braços. Por livre vontade ou por obrigação, mudar de vida e lançar-se com um projeto próprio é cada vez mais uma saída válida. Não é fácil, mas aos poucos, libertem-se da zona de conforto, dos medos, definam objetivos e sejam otimistas. Acreditar que tudo vai dar certo é meio caminho andado para dar mesmo! 🙂
Depois da leitura massudinha (estiquei-me um bocadinho…) fiquem com a musiquita da praxe quando se fala de Mudar de Vida e inspirem-se para começar bem o fim-de-semana, quem sabe já a iniciar a mudança! 😉
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Uma verdadeira inspiração… obrigada por partilhares e muito, mas mesmo muito, sucesso!
Obrigada!! ;D ***