Por aqui o trabalhinho tem sido muito entre os workshops, clientes de coaching e de consultoria de imagem com personal shoppings, triagem de closet e construção de looks, entre outras milhentas coisas. Portanto, tenho passado os olhos por muuuuuita roupa e tenho sentido a falta de tempo na pele, com tanta coisa para fazer. Certamente é um mal que muitas de vocês devem sentir. E conjugando estas duas coisas reitero a mensagem que não me canso de passar às minhas clientes – não precisamos de ter closets gigantescos recheados de imensa roupa, para o nosso bem a vários níveis.
5 razões para não ter um armário sobrelotado:
- Liberta-nos espaço físico. Isto é óbvio, certo? Um armário mais livre e acessível, com as peças penduradas à larga e não todas encavalitadas, as gavetas a conseguir fechar sem ser à força, não tropeçar em sapatos pela casa inteira, etc. São estes os inúmeros benefícios de ter um guarda-roupa mais parco mas funcional. A menos que tenhamos uma mansão com um closet gigante e espaçoso, senão é quase certo que o espaço não é o suficiente para as 50 calças, 70 tops e 100 sapatos! Recomendo mesmo a terem um armário e espaço de arrumação pequenos para não terem a tentação de o encher com coisas a mais que acabam por não usar ao máximo (por mais tentador que seja um closet como este da imagem, eu sei).
- Liberta-nos espaço mental. Isto é muito importante na hora de vestir. Quando temos muita coisa, a decisão de escolher o que vestir, torna-se bem mais complicada. Temos muitas mais opções, é certo, mas quem disse que mais opções é necessariamente bom? Principalmente para quem tem dificuldade em tomar decisões, ter muita coisa complica o processo. Para além de que retira o valor do nosso investimento em cada peça, porque deixamos de explorar a grande versatilidade que cada uma pode ter. Se temos muitas coisas teremos tendência em tentar usar todas e talvez sempre da mesma maneira, reduzindo assim as hipóteses de looks que cada uma pode construir assim como a nossa criatividade. As coisas são só coisas e não nos dão mais segurança nem nos fazem mais felizes, para além de que ter mais roupa não significa vestir melhor ou ter mais estilo! Há sempre que saber usar-se o que se tem, pouco ou muito! 😉
- Aumenta a nossa capacidade criativa e de pensar fora da caixa. Quando temos pouca roupa temos que ser obrigatoriamente mais criativas e versáteis para encontrar novas maneiras de usar o mesmo conjunto ou peça. E acreditem que há muitas mais formas de se usar cada item que têm no armário do que imaginam. Podemos assim repetir o mesmo vestido na mesma semana se o juntarmos com um casaco diferente, até uma camisola por cima e fazê-lo de saia ou com outros acessórios. Versatilidade e maximizar o investimento são os conceitos a seguir!
- Poupamos tempo e energia. Gastamos menos tempo em arrumações, lavagens e passagens a ferro – ótimo, certo? E toda a energia inerente a isso e a matar a cabeça a pensar o que vamos vestir no dia seguinte – com pouca coisa, esse processo é mais imediato. O tempo e energia que poupamos podemos utilizá-los nas coisas realmente importantes da vida! 😉
- Poupamos dinheiro. Cada vez mais necessário, o dinheiro que gastamos em peças de roupa ou acessórios que só usamos uma vez ou quando o rei faz anos, podemos aplicar numa poupança ou noutros gastos mesmo necessários do dia-a-dia. Quando estiverem para comprar qualquer coisa, pensem: se não dá para usar em mais do que 3 looks e se não se vêem a usar com frequência, então será que vale a pena o investimento? Talvez esse dinheiro vá ser bastante útil na poupança da tal viagem que querem fazer ou até mesmo para pagar aquele empréstimo.
Concordam com estas dicas? Ou há por aí shopaholics e coleccionadoras de roupa e acessórios que me estão a odiar neste momento? 🙂 Como é que fazem a gestão do vosso guarda-roupa? Contem tudo!

Bem, quando descobri o meu estilo, (uma espécie de casual rock n roll) eliminei do meu guarda-fatos todas as peças que não eram bem o meu estilo. E comecei a comprar peças mais a minha cara. Depois reparei que faltavam os básicos para usar com as peças chave (rock).
Feito isso deixei de comprar mais roupa. Tenho o guarda-fatos bem composto, agora é usufruir dele. Este mês não comprei nada de roupa e estou muito contente, até porque quero juntar dinheiro para investir na minha formação.
xoxo
Obrigada Sarah! É um ótimo exemplo – quando descobrimos quem somos, o que queremos transmitir e como nos sentir bem e qual o/os estilo/s que reflete isso, então não precisamos de muito, nem mais, sempre mais! A roupa deve servir-nos a nós e não ao contrário! 😉 Thanks, ***
Olá! gostava de perguntar uma questao: sempre fui bastante compulsiva nas compras (especialmente nos SALDOS!!!), tenho bastante roupa, mas OU tentava vender alguma (coisa q nao é fácil, ja tentei), alguma dela nova (o meu corpo MUDOU depois da gravidez da minha filha). Talvez realmente seja roupa a mais… mas tenho muita pena em me "desfazer" dela pelo dinheiro q me custou (é mais isso… daí a historia do vender). Entao sapatos que deixaram de me servir, bons, 90% sem qualquer uso, que foram caros, é mesmo uma pena 🙁 As lojas de roupa em 2ª mão dao uma mini-bagatela pelas coisas…
O que tenho feito agora é colocar em caixas fechadas alguma da roupa que nao tenho a uso (tenho que disfarçar esta barriga de "mãe"), que vou usar numa proxima gravidez (este ano ainda??) e algumas de que gosto MESMO porque apos a proxima gravidez terei que tratar desta "barriga" (é mesmo um caso de operaçao ou fisioterapia). Ou seja, 2 objectivos muito especificos adiados…. que me fazem "guardar roupa"… mas vao demorar ainda uns 2 anos, penso…
De resto, tenho feito isso, nao compro roupa desde que a minha filha nasceu (ja la vao 2 anos!!!) mas tive SIM que ir furiosamente a procura de coisas que me servissem e disfarçassem esta barriga com que fiquei… no Inverno tenho sempre "disfarçado" vamos ver como será no VErao…
Bem, mas ja me alonguei demais… espero que alguem se identifique comigo…. as recentes maes, talvez…
Mas de facto percebi que tenho roupa a mais. Preferi por "de lado", arrumar e usar menos no armario até a exaustao, até ficar totalmente usado e roto e poder deitar fora (só para nao perder dinheiro, e sentir que valeu o investimento).
Já agora, é talvez um exercicio dificil, mas quantas peças de cada artigo ja sao demais?? Por ex, quantas calças ja sao demais? 5? 10? Qual o nr razoavel de peças que devemos ter, o minimo necessario? de Casacos de Inverno, de t-shirts, de camisolas de lã? (aliás, o mesmo dava-me jeito saber para a roupa da minha filha, pois acabo por comprar se calhar sempre um pouco "a mais", sincermanete nao tenho referencias à minha volta para poder saber, LOL).
Mas era interessante… quantas calças+jeans? Quantos sapatos por estação? Quantas t-shirts? quantas blusas? Camisolas?
Obgda, Ana, vou continuar a segui-la, gosto muito do seu blog, e sinceramene está cada vez melhor 🙂
Beijinho.
CR
Olá! 🙂 Obrigada eu por se alongar!
Realmente há a questão do dinheiro que se gastou pelas peças e ter pena de ser desfazer delas por isso, mas se não usa também não está a otimizar o investimento. Pode tentar vender em sites como o OLX, ou se tiver um blog, através daí, ou do facebook…e também pode sempre doar as roupas a associações que dão a quem necessita. Ou então, a H&M agora também está com uma ação em que aceitam sacos de roupa e oferecem descontos de 15% em compras. Há mais hipóteses que pode considerar para tentar vender o que tem ou então doar.
Eu percebo a questão da gravidez e de o corpo mudar, e aí após essa fase poderemos usar as mesmas roupas, mas se as mudanças se mantiverem, há que aceitar também esse novo corpo e vesti-lo a ele, não aquele a que queremos voltar. Aceitação é sempre a solução. 🙂 Ah, e para disfarçar a barriga, tops soltos e padrões são bons para isso! 😉
Quantas peças de cada artigo já é demais? Não há uma regra, mas por exemplo, 5 calças do mesmo corte e parecidas são demais, mas se forem de modelos diferentes já poderá ser aceitável. A ideia é que pelo menos não se tenha muitos items da mesma peça igual, que não é necessário, e acontece muito! Para casacos de Inverno, para mim, 1 chega, vá 2 se diferentes, e com as t-shirts e camisolas é o mesmo – convém apostar na variedade e podemos ter 10 tops, acho os suficientes, mas que não sejam 10 versões do mesmo top em cores diferentes. 1 a 2 calças de ganga, em modelos diferentes e que assentem mesmo bem, até 5 sapatos por estação parece-me bem e não demais. É usar um bocadinho o bom senso e pensar realmente o que se usa.
Para a sua filha, como eles crescem rápido, não precisa de muitas coisas para o momento, mas há que considerar ter várias mudas devido aos acidentes. 🙂 Mas se sente que compra sempre a mais, experimente reduzir gradualmente e ver se tinha necessidade de mais.
Sobre essa questão do número de peças a ter hei-de considerar fazer um post, entretanto espero ter ajudado! 🙂
E obrigada por seguir, fico muito contente que goste!! 😉 ***
Welcome back! 🙂
O meu grande problema é e sempre foi encontrar formas diferentes e criativas de usar o mesmo conjunto ou peça.
Matéria para um próximo post talvez? HELP!
Que jeitaço que dava se vivesses no norte 😉
Hello!! 🙂 Pois, isso passa também por ver muita coisa, adquirir cultura visual e tirar tempo para brincar com a roupa e experimentar! 🙂 Vou falar sobre isso no próximo workshop de Gestão de Guarda-Roupa e hei-de considerar fazer um post! 😉
E uma visita a Lisboa para participares nos workshops?? 🙂 ***
No ano passado enchi-me de coragem e "varri" o meu guarda roupa de peças que não eram, de uma forma ou de outra, ABSOLUTAMENTE essenciais. Foi tudo para uma venda de garagem. Para isto correr bem foi muito importante investir durante uns meses em bons básicos. Ainda por cima como passei um tempo em Manhattan, segui 3 regras nas compras: 1) Tem de ser mesmo um Básico; 2) Tem de ser mesmo de boa qualidade 3) tem de me servir impecavelmente, a real perfect fit. Funcionou tão bem que agora mantenho estas regras e tenho que admitir que as manhãs ficaram bem mais simples 🙂
Muito obrigada pelo testemunho, é assim mesmo!! 🙂 Quando se faz esse exercício e nos livramos do que está a mais, tudo fica mais simples. Um guarda-roupa funcional não precisa de assentar totalmente em básicos mas isso depende da personalidade de cada pessoa e de encontrar o 'nosso' guarda-roupa essencial!
Ah, e vendas de garagem ou feiras também são uma boa hipóteses para vender o que temos a mais! 😉
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