Apesar de termos a nossa mente povoada de crenças positivas e motivadoras que nos dão confiança em muito aspectos da nossa vida, também temos as crenças opostas, negativas e limitadoras da nossa acção pois privam-nos de confiança e excluem-nos hipóteses. Por exemplo, se acreditas que não és uma pessoas muito sociável, é possível que ajas no sentido de comprovar essa tua crença. Provavelmente evitas sair muito de casa e estar rodeada de pessoas. Se também acreditas que és preguiçosa e pouco disciplinada vais reparar em todos os momentos de ócio a que cedes e em todas as tarefas que era suposto fazeres hoje e ainda nem sequer começaste. Isso só comprova a tua tese não é? Mas ninguém é pouco disciplinado em tudo e por isso não tomaste nota dos outros momentos todos em que te dedicaste e superaste a preguiça. Acho que já percebeste a ideia.
Segue agora uma lista de crenças limitadoras comuns relativamente a mudar de vida, dar o salto para uma carreira ou actividade mais compensadora, a título de exemplo. Provavelmente identificas-te com muitas delas:
– O Trabalho não deve ser agradável, por isso é que se chama Trabalho.
– Tenho que trabalhar muitas horas extra no início da Carreira para poder ser alguém no futuro.
– Abrir um negócio próprio dá muito trabalho e muitas chatices.
– Trabalhar por conta própria não é seguro.
– Se abandonar a minha carreira actual para fazer o que gosto, depois se quiser voltar, já não é possível.
– Sou muito velho para mudar de vida.
– Sou muito velho para arranjar outro emprego, ninguém me irá contratar.
– Sou muito novo para fazer o que quero.
– Não tenho experiência suficiente para abrir um negócio próprio.
– Preciso de trabalhar muitos anos na minha área para poder abrir o meu negócio.
– Ter muitas experiências no currículo prejudica-me na procura de trabalho.
– Não é possível ganhar dinheiro a fazer o que gosto.
– Ninguém vai comprar o meu produto.
– Ninguém vai requisitar os meus serviços.
– Não é possível iniciar um negócio sem dinheiro.
– Não sou capaz de ter o meu negócio.
– Não sou criativo, não tenho ideia nenhuma para um negócio.
– Não tenho jeito para nada.
– Tenho que me aguentar neste trabalho porque preciso do dinheiro.
– Há muita gente infeliz no trabalho, não sou o único.
E haveria muitas mais! Revês-te em alguma destas crenças? Em várias? E deves ter acenado afirmativamente ao ler muitas destas frases em sinal de concordância porque te esqueceste de que as crenças não são factos e são apenas pressuposições da realidade. É possível que assim seja mas também é muito possível que não seja nada disso.
Por exemplo, relativamente à crença “Trabalhar por conta própria não é seguro”. Não é seguro comparativamente com o quê? O que significa segurança para ti? Possivelmente é diferente do que significa para mim. E “Não tenho experiência suficiente para abrir um negócio próprio”. Quanto é a experiência suficiente? Quantos exemplos tu conheces de jovens muito jovens que iniciaram o seu negócio e tiveram sucesso? É só olhar para a história de Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook. E poderíamos aqui rebater cada uma das anteriores crenças. A isto chama-se Ressignificar. E é algo que se pode aplicar a qualquer outra crença que tenhamos sobre nós mesmas, o nosso valor, as relações, etc.
Ressignificação de Crenças
Nós atribuímos um sentido a tudo o que vemos, ouvimos e sentimos. E cada pessoa perante a mesma situação atribui um sentido diferente, certo? Isto porque a informação não existe por si mesma, ela tem que ser entendida mediante um contexto. A experiência não tem significado, ela apenas é. Damos-lhe um significado de acordo com as nossas crenças, valores, preocupações, o que gostamos e o que não gostamos. Toda a experiência precisa, então, de um contexto para ter significado. E é de acordo com esse contexto que cada um aplica uma moldura e lhe dá um sentido. Quando contamos um episódio que nos aconteceu nós colocamos a nossa moldura e é assim que o apresentamos e é assim que queremos que o outro perceba a nossa história. E fazemos isto todos os dias com os outros. Condicionamos a mente do nosso interlocutor com as nossas molduras e estruturas.

Excelente post. Eu bem que luto com algumas dessas crenças que mencionas, aquelas que dizem que "ninguém vai comprar o meu produto", "não sou criativa suficiente para ter um negócio próprio", e ainda aquelas inseguranças do "não sei se sou capaz, se tenho talento suficiente para isso".
Enfim, já ando a fazer coaching para superar os entraves e suprimir esses pensamentos negativos.
Hei-de vir reler este post algumas vezes para não me esquecer. 🙂
Obrigada!! 😉 E acho ótimo que andes a ser seguida por um coach, é mesmo muito útil! Adoro ver as mudanças positivas nas minhas clientes e ao fazer, é engraçado, que aprendo tanto que acaba por se aplicar em mim! 🙂 De certeza que com a consciência e prática serás capaz de ressignificar essas crenças para algo que não te limite! 😉
Leva contigo e volta sempre que hão-de vir mais posts nestas temáticas todas as semanas! 😉 ***
Concordo plenamente! E acredito tanto nas coisas que me convenço de que sou capaz de tudo! Sou uma sonhadora/lutadora e julgo que o optimismo é sempre uma mais valia e é meio caminho andado.
Beijinho
Que bom Tsuri! Acreditar que se é capaz de tudo é das melhores crenças que se pode ter, muito poderosa mesmo, nunca a percas! 😉 Também concordo a 100% que uma mente optimista facilita imenso! ***
Post 5 estrelas! Excelente dose de motivação pessoal 🙂
Obrigada!! 😀 ***
Gostei imenso.
Tenho algumas (sérias) dúvidas acerca da forma como todos estes magníficos itens resistem à colisão brutal com a realidade portuguesa.
Eventualmente com recurso à Nossa Senhora de Fátima.
🙂