Estamos quase no final de mais um ano e é sempre altura de balanços. Senão, deveria de ser. Como foram estes vossos 365 dias? O que correu bem? O que correu menos bem? Que objetivos/marcos conseguiram alcançar? Como a vida quase nunca é uma linha a direito, de certeza que houve mudanças, inesperados – como lidaram com eles? Se ainda não responderam a estas perguntinhas, aproveitem o tempo mais caseiro desta altura de Festas para o fazer. Por via das dúvidas, coloquem sempre tudo por escrito. 😉
Eu adoro fazer balanços. Não só no final do ano, é coisa que vou fazendo ao longo do tempo, regularmente, na minha cabeça. Vou revendo o que já aconteceu, pelo que já passei, como lidei com as situações de mudança, oque objetivos já atingir, o que já atingi que nem sabia que queria atingir, o que ainda não alcancei, as mudanças que aconteceram, tudo e mais alguma coisa. Do mais geral ao mais rebuscado possível. Quem padece de overthinking dá nisto. E sou uma revivalista, pelo que me deixo constantemente perder pelo mundo das memórias, mais recentes ou não, sempre com aquela dose, mais ou menos saudável, de análise profunda. Às vezes chego a um estado de nirvana do auto-conhecimento, noutras ainda me confundo mais. O normal, mas aprende-se sempre. 🙂
E o que vem a seguir ao balanço? A definição de objetivos para o novo ano, lá está. O que querem atingir durante os próximos 365 dias (ou a mais longo prazo)? Que mudanças querem fazer nos vossos hábitos? Onde querem estar? Com quem? A fazer o quê? Já sabem as regras para definir objetivos – eles têm que ser bem específicos, claros, positivos, mensuráveis e realistas, se bem que sonhar alto nunca fez mal a ninguém. 😉
Mas não se fiquem pelos grandes objetivos, como pesar x quilos até ao verão (sim, eu sei que este objetivo faz sempre parte das resoluções todos os anos, não neguem!). O objetivo grande é ótimo, mas o que precisam de fazer para o alcançar? De certeza que há vários pequenos passos que têm que dar para chegar ao peso pretendido, ao rendimento de sonho, à casa nova, etc. Esses são objetivos pequenos – especifiquem-nos junto do objetivos grande com que se relacionam. Por exemplo: para atingir x peso vou passar a ir duas vezes por semana ao ginásio a partir de janeiro; vou substituir a mousse de chocolate por fruta no final da refeição; vou beber 1,5l de água por dia; e por aí. E quando digo pequenos objetivos, é suposto serem mesmo pequenos. Passos que vocês têm a certeza de que conseguem dar, que são tão fáceis que é impossível falhar. Por isso, se passar a ir duas vezes ao ginásio ainda tiver um certo risco associado de não ser cumprido, então estabeleçam que vão uma vez por semana, para começar. Os hábitos para serem criados e permanecerem têm que ser graduais, começar pequeno e ir aumentando a frequência/grau de dificuldade quando já superaram o patamar anterior. Acreditem em mim e não se entusiasmem – é só pensarem em todas as outras vezes que definiram passar a ir todos os dias ao ginásio durante 2 horas e como é que isso correu. Pois.
Desejo-vos um bom balanço e ótimas e recheadas listas de objetivos, se bem que resulta sempre melhor focarmo-nos numa mudança de cada vez. 😉 Uma dica boa que li hoje e aqui vos deixo, é colocarem a vossa lista de resoluções para o novo ano no final da vossa agenda do próximo ano. Com a lista no final da agenda, ao chegarem ao final do próximo calendário já têm ali as vossas decisões para serem alvo de balanço! Pelo sim, pelo não, mantenham-nas em mente e à mão ao longo de todo o ano.

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