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Uma mente negativa nunca nos dará uma vida positiva. A nossa saúde mental também deve ser uma prioridade e treinar a mente é tão possível e importante quanto treinar o corpo. Aliás, o treino da mente fortalece igualmente a nossa saúde física e qualquer outra área da vida. Por isso, dêem atenção aos vossos pensamentos, todos os dias, seja através de meditação ou o que lhe quiserem chamar. Mas ouçam-se, prestem atenção ao vosso diálogo interno, identifiquem o discurso negativo, discutam convosco, ressignifiquem – mudem a perspectiva negativa para uma mais positiva e útil (a questão da mente negativa é que não é útil, não nos ajuda em nada) e pratiquem o discurso positivo, foquem-se naquilo por que são gratas, na solução em vez do problema, elogiem mais, critiquem menos. Criem uma mente feliz que vos dará, certamente, uma vida igualmente mais feliz.
Sigam os 4 passos para mudar a perspectiva e o foco dos nossos pensamentos no negativo para o positivo:
- Primeiro há que ter consciência dos nossos pensamentos e apercebermo-nos de que estamos numa espiral negativa. Se já for um hábito nosso podemos achar normal e nem nos dar conta de que estamos a fazer uma tempestade num copo de água. A nossa mente racional é muito útil a proteger-nos dos perigos, daí que racionaliza e problematiza tudo porque nos fomos condicionando dessa forma. E porque ouvimos durante muito tempo que não éramos competentes ou bonitas. O irónico é que nessas alturas o cérebro não é tão bom a avaliar a veracidade das informações e apreendemos esses dados como verdadeiros e sem questionar. Por diversas razões, genéticas ou por aculturação, muitas de vocês têm certamente uma mente negativa e o primeiro passo é aperceberem-se desse hábito. Por exemplo, se imaginam de antemão todas as dificuldades ou problemas que poderão advir de qualquer nova situação com que se deparam em vez de ficarem entusiasmadas; se a auto-crítica é constante e ‘dizem’ coisas a vocês próprias que não permitiriam que ninguém vos dissesse e se o estado de preocupação é constante, então, têm tendência a focar-se no negativo. A boa notícia é de que não precisam de permanecer assim para sempre. Ter consciência de quando o fazem é o primeiro passo importante;
- Distanciem-se dos vossos pensamentos. Sejam críticas relativamente à vossa própria mente racional. Lá porque passa na nossa cabeça e a nossa vozinha até parece bem assertiva não quer dizer que essa vozinha tenha razão – normalmente ela só tem medo e tem o papel do diabinho apoiado no nosso ombro. Por isso, distanciem-se. Na prática, funciona tentando verem-se de fora. Imaginem que o problema com que se estão a debater pertence a outra pessoa e que ela vos vem pedir conselho. O que lhe diriam? Normalmente somos ótimas a dizer aos outros o que fazer e em perceber o que estão a fazer mal – as melhores conselheiras. Mas quando nos toca a nós, às vezes com o mesmo problema de outra pessoa a quem já ajudámos, embatucamos. Ficamos ali a remoer e a construir um problema maior do que é, sem sair do mesmo lugar. Isto só acontece porque estamos demasiado envolvidas, o que nos tolda o discernimento. Experimentem, então, afastar-se – imaginem-se ‘de fora’, a ver-se e o que diriam a vocês mesmas. De fora, como resolveriam o problema? A resposta há-de chegar logo! 😉
- Tendo consciência da espiral negativa e vendo-se de fora, esforcem-se por mudar o foco. Em vez de pensarem no que correu ou poderá correr mal que, geralmente, não dá para mudar, aceitem a realidade e foquem-se na solução – o que posso fazer? Qual o primeiro passo que posso dar para resolver a situação ou atingir o meu objetivo? Por exemplo, tenho excesso de peso. Não gosto de me ver ao espelho, já roupa nenhuma me serve porque engordei ainda mais recentemente, nem consigo correr para apanhar o comboio – a minha saúde está a ser muito afetada. Se me focar no problema que é ter excesso de peso, vou ficar ansiosa e vou acabar por ir comer ainda mais, porque é uma forma de me acalmar e não pensar no meu problema, acabando por agravá-lo. Agora, se eu tiver consciência de que fazer isto não vai resolver nada, se me vir de fora e pensar no que poderia dizer a mim própria que me fizesse sentir melhor, o que diria? Como é que poderia resolver a situação? Qual o primeiro passo que posso dar no sentido me sentir melhor? Aí surgem as respostas – posso marcar uma consulta com uma nutricionista que me ajude a saber comer melhor. Posso, para já, comer um melhor pequeno-almoço para não ter tanta fome ao final do dia. Posso passar a andar meia hora por dia para me mexer mais. Posso perguntar a uma amiga se se quer inscrever comigo no ginásio porque com companhia não me dá tanta preguiça de ir. E por aí em diante – as soluções são mais que muitas se tiverem dispostas a vê-las e a pensar criativamente. Apliquem este exemplo a qualquer outro problema ou objetivo que tenham – o que podem fazer? Qual o próximo passo, o mais pequeno, que podem dar no sentido da solução?
- Se têm tendência à auto-crítica e a apenas verem todas as falhas reais ou imaginárias que têm, que tal fazer o contrário? Peguem numa folha de papel e façam o exercício de escrever todas as vossas qualidades, pontos fortes, talentos. Raramente pensamos nisto e ao início podem até nem se lembrar de nada. Mas anotem mesmo as pequenas coisas – ‘faço uns ovos mexidos excelentes’, ‘sou a maior a fazer palavras-cruzdas’ e depois passem para as grandes qualidades que têm, que elas estão aí. Para facilitar, pensem no que as pessoas à vossa volta e que gostam de vocês diriam, ou perguntem-lhes! 🙂 Não tenham medo de parecer convencidas – o auto-elogio está, na maioria de nós, em vias de extinção, pelo que nunca é demais praticá-lo.
E o 5º passo qual é? O que fariam mais para conseguirem mudar o foco no negativo pelo foco no positivo? Sugestões aceitam-se! 🙂
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