
Aconteceu no passado sábado o casamento mais esperado do ano que uniu o Príncipe Harry à ex-atriz americana Meghan Markle, agora duques de Sussex. Foi e continua ainda, alguns dias depois, a ser um evento super badalado, por toda a emoção e romantismo inerente aos casamentos, principalmente da realeza, e, claro, a curiosidade e análise de fatiotas que sempre acontecem neste tipo de eventos. E o vestido da noiva, que é sempre o mais esperado e o mais escrutinado, desta vez não foi excepção.
Apesar de qualquer crítica ou avaliação ser irrelevante já que quem veste é que tem que gostar, mais ninguém, o mundo em geral não concorda lá muito comigo, em especial, o online, e claro que opiniões e bitaites não faltaram sobre o vestido da agora duquesa Meghan. Eu também dei o meu parecer não solicitado e gostei muito, tanto do vestido de casamento by Givenchy, como do look by Stella McCartney da festa posterior, que podem ver aqui na imagem em cima. A escolha recaiu em linhas e cortes simples, completamente depurados, com detalhes apenas no véu, bordado em tributo aos 53 países da Commonwealth, e nos acessórios. E o cabelo e a maquilhagem seguiram a mesma linha simples e não podiam ser mais naturais mas enaltecendo perfeitamente a beleza da noiva. O simples pode e é, geralmente, sempre eficaz e mostra, no estilo, elegância sem esforço. E se vai ao encontro da personalidade de quem veste, perfeito! Mas uma das críticas que pulularam pela internet foi a de que, justamente, o vestido escolhido por Meghan seria simples e discreto demais. Que faltavam ali mais elementos, detalhes que o fizessem destacar e ficar na história e aquele factor princesa mais exuberante. Ora, isto é claramente uma questão de gosto e quem adorar mais pormenores, que os use, quem preferir linhas mais minimalistas, força nisso também. A questão é que simples não tem que ser mau, menor, menos marcante ou simplista, justamente, como a própria Meghan o provou, nem o estilo pessoal tem que recorrer sempre ou em tempo algum a ‘fogo de artifício’ para sentirem que têm impacto ou estão bem.
E é com esta situação que me deparo várias vezes com as minhas clientes, nas suas questões estilísticas do dia-a-dia (ainda não lidei com problemáticas ligadas a casamentos reais, infelizmente, mas como podem ver, são semelhantes). Muitas vezes, na tentativa de ter um guarda-roupa mais interessante, recorrem a muitas peças de cortes diferentes ou cheias de detalhes, texturas, padrões, etc, que, só por si, sim, podem destacar-se mas que também se tornam, por isso mesmo, menos versáteis e mais complicadas de inserir em conjuntos diversos. Mas o que interessa e o que tem que ser interessante é o conjunto final e esse é feito da conjugação de várias peças que, mesmo simples ou aparentemente aborrecidas por si só, podem produzir um resultado final favorecedor e que vos faça sentir bem e confiantes. Mais do que a exuberância visual de cada peça, o que interessa mesmo, inclusive nos items mais excêntricos, é mesmo o corte, a forma como assenta, a forma de usar e como se conjugam todos no outfit final, com os tais detalhes que fazem a diferença. Assim como básicos e peças de ligação são essenciais num guarda-roupa – aliás, um armário pode ser construído só por básicos e estar perfeito, senão, são importantes como tela para que outras peças mais marcantes também sobressaiam como deve de ser.
Já tive mesmo um caso de uma cliente que ao comprar peças isoladas e porque os detalhes eram o que mais a atraiam visualmente, tinha todo um guarda-roupa repleto de peças todas elas com texturas, pormenores, padrões, etc. Não havia, simplesmente, peças básicas, lisas, inócuas. E eu que juro que até consigo fazer magia e desencantar looks diferentes com as vossas peças de sempre, neste caso, vi-me grega, mas a cliente também ficou a perceber a razão da grande dificuldade que tinha em vestir – básicos e mais básicos foram preencher a lista de peças em falta!
Por isso, para além do simples estar na moda, a ideia é que não têm que obrigatoriamente adoptar um estilo mais minimalista e só composto por básicos se até nem tem que ver convosco, mas se for isso que o vosso coração pede, sigam-no sem receios e percebam também que a diferença se faz pelo vosso auto-conhecimento de estilo e não através da marca, arrojo ou quantidade de elementos que alguma peça possa ter – menos é mais não é uma expressão popular sem razão, talvez é porque seja mesmo assim! 😉
Fiquem com exemplos da simplicidade no estilo e de como também resulta tão bem:
Imagens via pinterest.pt
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