Dizem que a única constante é a mudança. No entanto, o que não falta é gente que morre de medo de mudar. Apesar de até querer muito. E de se saber, então, que aquilo com que podemos mesmo contar é que tudo muda. Hhhmm, estranho! Mas é chato sair da bolha, deixar para trás aquilo que conhecemos. Que até pode ser mau – do pior que há – mas, ao menos, a isso já estamos habituadas. Já sabemos as manhas todas das chatices do costume. E o conforto no desconfortável aloja-se com uma pinta que vocês nem dão por ela. Para desculparmos a inércia, achamos que não há alternativas e que o destino, o mundo, o governo, a vizinha do lado e o cão estão contra nós! Oh, triste sina!
Mas a posição de vítimas não nos fica nada bem, ladies. É como um par de crocs – não dá com nada (reparem na alusão tão bem montada às minhas questões do estilo!). De que precisamos, então, para mudar? Para sair do desconforto confortável e romper com a bolha? No meu caso, para a mudança de carreira, foram os ataques de pânico por pensar que iria passar a minha vida a fazer algo de que não gostava e a certeza de que não queria chegar à meia idade, olhar para trás e ver que não vivi a vida que queria. No caso da Catarina, a nova dieta da Princesa que incorporou na sua vida, juntamente com o exercício, resultou por se ver confrontada com o seu reflexo impresso nas fotografias – uma imagem em que não se revia nem queria ver de novo. Nos casos de clientes que já passaram por mim foram divórcios, despedimentos, de novo ataques de pânico, etc.. No fundo, parece que precisamos de abanões daqueles fortes para se dar o click. Para fazermos algo por nós e pela nossa vida.
E se pudéssemos simplificar a nossa vidinha? Não era mais fácil? Não precisamos de esperar por terramotos para mudar, podemos ser nós a iniciar a mudança com movimentos suaves, pausados, consistentes e corajosos. Como? Basta decidirmos que queremos mudar. Se sentem que podem melhorar, seja no que for, decidam simplesmente fazer por isso. Saibam que merecem isso. Que o sonho pode ser real. Ajuda se definirem objectivos e um plano de acção a partir do ponto de chegada para trás. Ajuda conhecerem-se e saberem que forças têm e quais os pontos que podem ser potenciados. Ajuda pedirem ajuda.
Estão insatisfeitos de alguma forma? Não precisam de continuar assim. Do que é que precisas para mudar de vida?

Ficaria aqui a noite toda, porque também eu tenho "ataques de pânico" só de pensar que vou aturar gente grossa e sem educação, para não falar num emprego sem "brilho" nenhum – e 7 anos no mesmo sitio que acabam por pesar. A mudança já me passou pela cabeça N vezes mas também me passou pela cabeça tudo o resto: o ordenado a menos em casa principalmente mas também o como orientar-me, para que lado me virar? É verdade que me acomodei a um certo nível de vida – até que ponto vou ter de abdicar dele? Não estou a pôr em causa nenhuma da questão das mudanças, se calhar é a minha cabeça confusa, cheia de ideias, a achar que não têm futuro e o conforto dos meus Crocs (sim, tenho uns cor de rosa com a Miss Piggy que uso SÓ EM CASA!).
A cabeça confusa está cheia de crenças e a focar-se unicamente no problema – quando se muda o radar para soluções e possibilidades, o novelo vai-se desenlaçando! Muitas pessoas acabam por ficar confortáveis no desconforto mas existe um verdadeiro conforto feliz quando se consegue sair desse ciclo. 😉 O coachingzinho ajudava imenso! 😉 E crocs cor-de-rosa com a miss piggy só mesmo em casa!! ahaha gostava de ver isso! ***
Por incrível que pareça e por muito que nos custe, só depois de levar-mos um belo abanão è que acordamos de vez para a vida e vemos como outros olhos como estamos e como está a nossa vida. No fundo no fundo nós sabemos que estamos mal, porque vamos dando gritos "silenciosos", o que por vezes pode ser trágico. Ha cerca de quatro aos atrás tive que mudar a minha vida radicalmente e hoje sou muito mais feliz. Sou muito mais eu.
Agora, jão não preicso de chegar ao"abismo" para "acordar. Ao minimo sinal "salto"/"grito" logo. 🙂
Andreia
http://pontofinalparagrafos.blogspot.pt
Boa Andreia, é mesmo assim, muito obrigada pelo comment e testemunho! Ser muito mais nós é tão bom! 😉 ***
Não e nada cool ser a vítima. Concordo. Bolachas, sofás, ter pena de nós mesmas é patético e deplorável.
Mas é a mudança, aquela grande que temos de fazer, recompensadora? Eu emperrei numa série de questões e não consigo ter força para sair. Não tenho que me conformar com esta amargura, mas estou cansada e sem forças. Parece-me excelente que outros consigam, mas para mim parece-me inatingível. "Estas a espera do que?", perguntam… Sei lá. "O que preciso para mudar de vida?".. Não sei. Mas não é só querer. Isso garanto-vos.
Se a mudança não for recompensadora, então não vamos mesmo querer mudar, certo? Só queremos mesmo quando o que formos ganhar for superior à dor da amargura…daí que muita gente 'espere' até aos tais momentos que obrigam, quando o desconforto já não é confortável… Será inatingível? Se soubesses do que precisavas para mudar de vida, o que farias então? As respostas surgem quando o foco está verdadeiramente na solução e não do difícil que é e na suposta impossibilidade. 😉 E repito, também ajuda muito pedir ajuda. Nada é impossível. Se quiseres, é só dizeres Gabi. beijinhos