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29 Setembro, 2025

Comecei a fazer dietas, aos 13 anos, quando decidi que o meu corpo tinha algo de errado (e perdi muito mais do que peso)

Até hoje não sei exatamente de onde veio essa ideia. Quer dizer, até sei. Foram várias situações e circunstâncias. A própria da cultura de dieta e de apelo à magreza extrema que se vivia enquanto crescia e que nos chegava através da televisão, das revistas, etc. Também tenho noção, hoje em dia, de que questões com a comida e com o peso foram e são correntes em várias pessoas da minha família, assim como mais propensão à obesidade de um dos lados e a genética tem um peso relevante no corpo físico e questões mentais (bota genética lixada neste campo).

E há ainda uma situação específica de que me lembro particularmente – devia andar no quinto ou sexto ano e torci o pé numa aula de educação física e foram chamados os bombeiros à escola por minha causa (deve ter sido um entorse e peras que sei que andei de muletas a seguir por uns tempos). Eram dois bombeiros e pegaram em mim entre os dois a fazer cadeira com os braços e só me lembro de se rirem e de dizerem que eu era bem pesada. Morri ali. Já ser o centro das atenções a ser levada em braços pela escola me tinha mortificado, ouvir este comentário foi… paralisante. Lembro-me de me sentir automaticamente desconfortável, super autoconsciente do meu corpo e com a sensação de que pesava toneladas. E era apenas uma miúda com 11 ou 12 anos.

A última vez que tive uma relação normal com a comida

Sempre fui alta para a idade e comia bem, de tudo, refeições completas e saudáveis em casa mas sem restrições de fritos ou doces, de que era muito fã, como qualquer criança, mas sem paranoias ou pensamentos ou comentários sobre engordar ou emagrecer. Mas sempre tive bom apetite e a comida não me era indiferente, nada de me esquecer de comer nunca. Mesmo nas horas passadas a brincar na rua (bons tempos) a fome dava sinal e lá ia eu a casa lanchar, com todo o gosto. Mas lembro-me de ser uma relação normal, de não me preocupar com o que comia. Esta é a última altura de que me lembro de ter uma relação normal com a comida e o meu corpo até há pouco tempo.

Crescer nos anos 90 e 2000: cultura da dieta em todo o lado

E, como já disse, cresci nos anos 90 e 2000 – quando a cultura da dieta e os corpos irreais da moda eram a referência. Crop tops, calças de cintura baixa, revistas a dizer “como perder 5kg antes do verão”, testes sobre “tens o corpo certo para usar isto?”. Horas passadas a comparar-me com as estrelas de fato de banho vermelho bem cavado da Baywatch ou com as heroínas da Navegante da Lua – é, já aqui vos falei do impacto do anime na construção da autoimagem de adolescentes e eu sofri esse impacto quando até com corpos de bonecas com pernas compridas e cinturas impossivelmente finas eu me comparava. Ou com qualquer atriz de filmes da época – o padrão de beleza aqui no nosso contexto continua a ser a silhueta magra mas naquela altura não havia mesmo outro modelo – todas as atrizes eram magras mesmo magras e não víamos cá diversidade corporal nenhuma em televisão ou revistas. Enfim: era impossível não sentir que havia algo de errado comigo. Eu não tinha barriga negativa para usar crop tops, pensava eu. Eu tinha um peso absolutamente normal, só não era magra mesmo magra como o padrão da altura e não havia referências para além dessas.

E conjugando tudo isto, no pico da adolescência e do difícil que é esta altura com o corpo em mudança, naquela altura, o que eu sentia era claro: não era suficiente. Tinha de ser mais magra. O corpo que tinha era errado.

O início das dietas e da obsessão

E foi aí que começou a saga. O ciclo que tantas mulheres conhecem e que também começam na adolescência ou mais cedo: comecei a fazer dietas. A tentar comer menos, evitar gorduras e doces, a estudar com mais afinco a matéria de Ciências da altura sobre calorias, a controlar tudo, a fazer mais exercício para “queimar”, a ler todas as secções de dietas das revistas e a achar que sim, tinha que comer meio pão integral com uma fatia de fiambre de aves ao pequeno-almoço, seguido de uma frutinha das menos calóricas a meio da manhã e que isso devia ser suficiente (tenho trauma até hoje com o meio pão e a frutinha para snack ou a gelatina ou as 2 ou 3 nozes – alguém que me diga a quem isto mata a fome ou sustenta ou alegra, sequer!). E devia ainda fugir dos hidratos mas também aderir à dieta dos cereais famosos de “dieta” da altura que constava em substituir o jantar por uma taça de cereais integrais, a dose mínima recomendada, com leite magro (lembram-se disto??).

Com a restrição e mentalidade tudo ou nada e rigidez mental, para que tenho apetência, veio a culpa de comer algo fora do plano ou um stress imenso de se estaria a fazer a coisa certa e uma total obsessão com o comida e o corpo e o controlo ao espelho a ver se mudava e a apertar as partes de que não gostava. Porque sim, claro que emagreci com esta restrição, mas isso não significou satisfação com o meu corpo, pelo contrário. Fiquei bastante magra, já tinha quase a altura que tenho hoje e vesti 36 a única vez na minha vida, perdi peso mas, ao mesmo tempo, ganhei uma imagem corporal distorcida. Mesmo assim não estava magra o suficiente (até porque na verdade eu nunca fui muito boa a fazer dieta, o natural efeito boomerang da restrição sempre se fez sentir em mim e, por isso, também sempre me senti mal por não ser disciplinada ou controlada o suficiente. Nem a ter uma má relação com a comida era eficaz!). Odiava-me ao espelho. As coxas eram demasiado grandes e tocavam (as das atrizes magras não se tocavam). A barriga não era negativa. Estava tudo errado.

Aqui nesta foto devia ter uns 14 anos ou 15 anos, desconfortável de biquini embora esteja a fingir bem, e as dietas e o controlo já começavam a cansar. Aos 16 não aguento mais a restrição e ganho o início de uma compulsão alimentar. Mas isso fica para outro episódio.

A grande conclusão

Quando, aos 13 anos, decidi que o meu corpo tinha algo de errado, esse pensamento roubou-me muito mais do que quilos. Roubou-me tempo, paz e autoestima. E foi assim que começou a saga de mais de 25 anos a querer emagrecer, como introduzi esta newsletter.

Hoje sei que o problema nunca foi o meu corpo – foi a cultura, o meu contexto e circunstâncias (e a minha cabeça) que me ensinaram a odiá-lo. Sei também que a solução nunca esteve em mais uma dieta restritiva milagrosa ou em mais uma promessa de mudança irrealista “desta vez vai ser para sempre”.

25 anos depois a verdadeira mudança começou com ajuda e quando comecei a saber aplicar o questionamento destas crenças. Quando percebi que a relação com a comida e com o corpo não é sobre força de vontade ou disciplina. É sobre identidade, emoções, autoconhecimento, de que vos falarei.

 

 Se te revês nestas palavras, lembra-te: não é o teu corpo que está errado. São as regras que te ensinaram a seguir.

 

Por isso partilho mais um pouco da minha história: porque talvez seja também a tua. E porque ninguém devia sentir-se sozinha nesta luta silenciosa. E a tua história com o corpo e dietas qual é? Muitas vezes começou na altura da infância e adolescência com comentários e pressão até de familiares, com a imposição da sua própria cultura de dieta, até com situações de bullying… lembras-te da tua primeira dieta e o que a espoletou?


 

E deixo-te também aqui em baixo este programa disponível no Youtube sobre histórias de dietas intermináveis falhadas ao longo de toda a vida, para veres que a experiência é mesmo universal e que começa sempre em tenra idade. E deu-me um aperto no coração ver porque o tão imersas que estas pessoas estão na cultura de dieta, na culpa, na vergonha, na autorrecriminação, sem perceberem que o problema está, justamente, nas dietas mega restritivas e em todo o processo de pensamento e comportamento face à comida e ao seu corpo e não na sua falta de disciplina, é desolador… até porque eu já fui assim e já pensei e agi assim e, agora, com muita mais clareza, vejo todas as red flags a quilómetros de distância. E todo o relato está tão cheio de reforço de ideias erradas que, atenção, pode ser gatilho para a tua má relação com o corpo e comida. Mas há gatilhos em todo o lado, tudo o que eu escrevo, aliás, então, também temos que saber lidar com eles porque o mundo não se acomoda a nós e a mensagem da cultura da dieta continua forte – temos é que aprender a fazer-lhe frente.


 

A tua lambona (com orgulho, sem culpa) preferida,

Anita


Acompanha-me também através do Instagram e podes encontrar todas as informações sobre os Processos de Coaching e de Consultoria de Imagem no site. Para partilhas ou tirares todas as dúvidas manda-me mensagem ou e-mail para anita@anitasilvestre.pt e marca a tua Sessão Gratuita de Esclarecimento e Avaliação com uma breve descrição do assunto/problema relacionado à relação com a comida, o corpo ou contigo que te leva a procurar ajuda.

 

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\\\ COACH & CONSULTORA DE IMAGEM \\\ Espera ajudar mulheres a sentirem-se menos sozinhas na sua sensação de estranheza, nas suas insatisfações, e a reconhecerem o seu valor - a ganharem mais amor próprio e autoconsciência - enquanto mudam de estilo & vida sendo mais autênticas, não apesar, mas devido a toda a sua diferença. O objetivo é ajudá-las a conhecerem-se melhor, a sentirem-se bem na sua pele e a reconstruírem a sua identidade, pessoal e visual, de dentro para fora. Quer guiá-las no processo de mudança a descobrirem o que as identifica e entusiasma, a comunicarem a sua marca pessoal com confiança, a saberem o que é melhor para si e como o alcançarem com foco no essencial, menos que é mais - mais criatividade, mais conexão - num estilo, pessoal e de vida, mesmo à sua medida e ritmo. Descomplicado, assim.

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