
Eu já nem sei o que dizer da generosidade e disponibilidade das minhas clientes fofas quando publico estes testemunhos. Nem sei se lhes posso chamar testemunhos, parecem mais tratados de carinho e fico sempre incrédula e com um quentinho no coração quando recebo relatos tão extensos e dedicados. Já acederem ao meu pedido de um pequeno parágrafo sobre como foi o processo para elas é de uma incrível gentileza, que odeio ser chata, dar trabalho e abusar da boa vontade seja de quem for, então quando recebo estes textos maravilhosos, fico mesmo sem palavras. E como realmente elas me faltam, fiquem com a descrição pormenorizada da Joana sobre a sua experiência ao fazer o Total New Look (e que sorte a minha de atrair sempre pessoas tão talentosas para a escrita, e não só!):
“Na minha família a roupa nunca foi importante. Ressalvo a estranheza da coisa porque todos somos ligados às artes, todos fazemos alguma coisa (ou tentamos), adoramos um bom livro/programa/museu de pintura, escultura, publicidade, vestuário… enfim, isto para dizer que sempre que penso neste tema é-me difícil perceber como é que a roupa, também ela uma forma de expressão, teve sempre tão pouca importância para todos nós. Ligo isso ao facto de os meus avós e dos meus pais terem crescido com poucas posses, provavelmente habituaram-se a que fosse assim, primeiro porque não havia dinheiro para estas superficialidades e depois pela convicção de que eram de facto superficialidades.
Percebo o princípio e concordo com ele, também a mim me parece que há coisas e causas bem mais importantes onde gastar o nosso dinheiro e com que nos devemos preocupar.
Comecei a trabalhar muito nova e sempre na área social. O facto de ser baixinha e de sempre ter aparentado ter menos idade do que tenho na realidade nunca me ajudou, sentia que tinha que fazer um esforço suplementar até as pessoas me começarem a levar a sério.
No meio disto comecei a tentar perceber o que poderia fazer para que isto não acontecesse e, a certa altura, percebi que a roupa me podia ajudar mas continuava com o dilema do dinheiro e da superficialidade do tema.
Comprava então, orgulhosamente, diga-se, roupa em duas únicas ocasiões: nos saldos e, muito mais raramente, quando tinha um evento que considerava importante. As minhas experiências de saldos, pelos quais ansiava todo o ano, acabavam invariavelmente em peças hhhhmmm (peças de que se gosta assim, assim, mas que se compram porque seria um desperdício deixar na loja por serem tão baratas), e em peças xxxxl, que são basicamente todas acima do S em mim, mas que eu comprava na mesma porque eram mesmo muito bonitas e afinal o que importava ter rios de tecido tão lindo a mais?!
A experiência dos eventos era de longe mais frustrante e stressante, com um tempo limitado para decidir, eram correrias de loja em loja, tudo feio, tudo caro, e eu a sair de lá com um modelito qualquer que nunca mais voltaria a usar.
E pronto, isto tudo junto com o facto de eu vestir há anos o mesmo tamanho, resultou em quilos de roupa empurrados para o fundo do roupeiro, escolhas intermináveis de manhã para sair de casa, angústias terríveis na hora de conjugar roupas e cores e formas e tudo, que resultavam sempre nos mesmos três ou quatro conjuntos, aqueles que algum dia alguém tinha elogiado e que então eu sabia que resultariam para sempre, mesmo que já coçados e quase transparentes de tanto uso… um bocadinho exagerado talvez, mas, basicamente, o que me fez procurar alguém que me ajudasse foi querer que estes filmes matinais deixassem de existir e que a minha imagem deixasse de ser para mim uma preocupação.
Anita, esse Raio de Sol
Quando decidi contactar a Anita, já tinha tentado de tudo: amigas super estilosas a ir comigo às compras, blogs de moda, youtubers daquelas que dão duas dicas por vídeo, livros da Marie Kondo… Lembro-me de uma manhã fria, daquelas que exigem várias camadas de roupa que eu não sabia conjugar, estar à frente do roupeiro completamente frustrada e pensar “isto não pode ser”. Nessa noite sentei-me à frente do computador e descobri as “personal shoppers”. Acabou por ser uma decisão muito ponderada, afinal, há meia dúzia de meses seria impensável para mim, sequer, pensar em investir tanto dinheiro numa coisa destas…
Tinha tirado os livros das minhas duas estantes, tudo de cima das duas secretárias, o lugar dos livros era agora ocupado por pilhas de roupa cuidadosamente dobradas por secções, em cima das secretárias casacos compridos, conjuntos com malas e mochilas e por fim os acessórios, no chão, a um canto todos os sapatos. Sentada em cima da cama, o quarto parecia-me ainda mais pequeno… como era possível ter tantas coisas, eu que, comparada com os meus amigos, quase nunca comprava nada e que, ainda por cima, há uns anos já tinha dado uns bons sacos de roupa depois de me entusiasmar com a Kondo?!
Quando a Anita chegou a minha casa gostei logo dela, alta, dentro do seu vestido azul de pintinhas. Pensei: gosto do vestido, mas ela é muito alta e eu sou muito pequena e ela não vai saber o que é que tenho que vestir. Mas sabia! 🙂
Bem-disposta, e sem nenhum tom de crítica explicou-me o que íamos fazer.
Questionário
O serviço Total New Look começa com um questionário online, quando a Anita chega já nos conhece um bocadinho, já sabe as nossas necessidades em termos de roupa, contextos de trabalho, estilo etc. e onde queremos chegar. Este conhecimento e a personalidade dela, claro, fazem com que o processo seja muito respeitoso, pensado e personalizado.
Nota: A Anita não nos impinge absolutamente nada, não vamos sair das sessões a parecer pessoas que não somos ou com peças com que não nos sentimos bem, um exemplo disto mesmo é o cinto à volta da cintura, dos vestidos, do casaco… a Anita adora, sei agora porque entretanto li em vários posts dela sobre este acessório, eu acho mesmo muito feio, a questão é que ela mencionou o cinto duas vezes, eu experimentei, não gostei e ela soube respeitar isso perfeitamente
Características físicas
Começámos por ver o meu tipo de corpo. A seguir, as cores. Pôs-me um tecido amarelo à frente – na minha cara, manchas, sardas, olheiras – agora a azul – continuava lá tudo mas incrivelmente mais ténue… eu sei que isto parece aqueles anúncios manhosos, mas é mesmo verdade. Disse-me quais são os tipos de cores que mais me favorecem apressando-se a explicar que podia usar qualquer cor que eu quisesse, que aquela referência era meramente indicativa.
Selecção da roupa
Aplicámos as regras básicas: nódoas, rotos, borbotos, velhos, coisas de que não gosto e não tão básica mas especial para mim: roupa demasiado grande, tudo isto devia ir embora.
Todos os livros da Marie Kondo, bloggers etc. não substituem termos alguém ao nosso lado, que saiba o que está a fazer, a ajudar-nos a perceber se devemos ou não manter uma peça. Mais, eu fiquei com coisas que estavam novas e que não vestia porque não sabia como as usar… No fim, fiquei só com aquilo de que gostava, que me assentava e que realmente ia vestir. Fizemos uma lista de peças que eu queria/devia substituir e de peças básicas que devia ter e que me faltavam.
Ida às compras com a Anita
A Anita tinha tudo preparado, sabia bem o que me faltava, tinha estudado o que me favorecia tendo em conta a minha estatura e o meu mini budget na escolha das lojas.
Entrava confiante, e com a certeza do que estava à procura, ia-me relembrando as regras e a lista com paciência, ensinando-me o máximo possível.
Nos provadores roupa que nunca me teria atrevido a experimentar, tudo visto ao pormenor, desde os materiais ao assentar perfeito nos ombros.
Acabámos por comprar pouca coisa porque a roupa é em geral desenhada para pessoas mais altas do que eu, o que dificultou a tarefa. Sem complicar, a Anita explicou-me em que lojas podia encontrar tamanhos mais pequenos, mandou-me sites por onde podia encomendar e falou-me nessas pessoas incríveis que são as costureiras!
Ida às compras sozinha
Combinámos que eu ficava de comprar o que faltava da lista. Tinha ido munida com a minha cábula de apontamentos, mas não cheguei a precisar dela; pegava numas calças, por exemplo, e ouvia a voz da Anita “elásticos não”, “se não tem bolsos, não são calças”, “esse cós é demasiado grande para ti”, “atenção ao material”.. e por aí fora, em qualquer peça que pegasse, ali estava ela… assustadoramente implacável dentro da minha cabeça, mas incrivelmente útil e emancipadora!
Era um prazer entrar numa loja e saber exactamente do que estava à procura, pegar numa peça e saber logo se valia ou não a pena experimentar, e finalmente, sair da loja com pouquíssima coisa mas com a certeza de que me assentavam na perfeição, que me iam durar porque tive cuidado a escolher os materiais certos e que as podia conjugar de muitas maneiras diferentes.
Não obstante, se por alguma razão hesitava e não sabia bem o que fazer, mandava-lhe uma foto com a peça em questão, e ela respondia-me de volta, e mais uma vez, mais do que um sim ou não, explicava-me o porquê, “assenta, não assenta, essa é uma boa cor porque podes conjugar com várias coisas etc.” e assim continuava a ensinar-me.
Conjuntos
Quando voltámos a encontrar-nos o meu quarto estava incrivelmente mais vazio, só com peças bonitas, a maioria que já tinha há uns tempos e algumas novas. Este dia teve para mim uma utilidade que só alguém com este tipo de dificuldades é que consegue perceber… coisas que agora me parecem tão básicas como vestir uma camisola com uma das cores do padrão da saia, ou saber que cores é que posso conjugar com tudo, fizeram para mim uma diferença difícil de explicar. A Anita não só fotografou todos os conjuntos que íamos fazendo como mais tarde me enviou exemplos do pinterest de conjuntos feitos com peças como as que eu tenho.
Aula de Maquilhagem
No fim, um mini curso de maquilhagem. Mais uma vez, houve muita preocupação em perceber quais as minhas necessidades tendo sido tudo muito personalizado.
Seguimento
Quando o serviço acaba a Anita pede para lhe enviarmos fotos todos os dias do que formos vestindo. Isto é super útil porque vamos ficando com um registo de diferentes conjuntos, para momentos “desinspirados”, e porque nos “obriga” a ir variando e a utilizar várias peças. Ela vai-nos dando o feedback.
Balanço
Recomendo 10000000% o Total New Look.
A primeira grande vantagem, para mim, foi ter percebido que embora estivesse muito reticente ao principio por causa do valor, já recuperei esse dinheiro com tudo o que tenho vindo a poupar. O que teria gasto mal em compras impulsivas e em saldos, por esta altura, já teria superado em muito o valor do serviço. Não voltei a comprar nem roupa nem acessórios desde que o serviço acabou porque tenho o que preciso para qualquer ocasião.
Para mim o melhor de tudo é a Anita estar sempre disponível nas nossas crises existenciais (que vão sendo cada vez menos frequentes à medida que se avança), mas, mais do que isso, trabalha para que nós não precisemos dela: ensina-nos a conhecer o nosso tipo de corpo, seleciona connosco a nossa roupa (o que não vai mesmo dar e o que até não dava antes mas ela sabe como usar), dá-nos regras, vai connosco às compras, manda-nos às compras, diz-nos as lojas mais adequadas ao nosso tipo de corpo e ao nosso budget, ensina-nos a conjugar cores, materiais, padrões, camadas… ela está de facto empenhada em nos ensinar e em nos deixar ferramentas para conseguirmos comprar e vestir-nos de acordo com o nosso estilo, o nosso corpo e as diferentes situações em que vamos estar.
Seja qual for o contexto, todos queremos sentir-nos confortáveis e confiantes.. seja no escritório, numa festa, numa reunião por skype, num convívio… Parece-me por isso um serviço, que é um verdadeiro curso, muito, muito útil e que pode mesmo fazer muita diferença na nossa vida… digno de um investimento para vocês, ou de uma vaquinha para a mãe, o pai, aquela tia/o,amiga/o que vocês sabem que até se esforça mas que precisa mesmo daquela ajuda! “
Joana Silva, 31 anos, Educadora Social
Continuam a faltar-me as palavras para te agradecer, Joana, tamanha dedicação generosa. Mas obrigada mais uma vez e que bom foi conhecer-te e que faças agora parte do meu percurso e da minha história. Foi todo um gosto fazer parte da tua e ajudar-te a reflectires mais a pessoa fantástica que já eras! 🥰

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